Rarefação: v.4.0
Segundo BARROS (2007) em comparações de comunidades, o número de espécies por número de indivíduos amostrados é uma medida bastante útil. Entretanto, frequentemente a comparação de comunidades é baseada em diferentes tamanhos amostrais, que, por sua vez, irão dificultar conclusões. Como comparar, por exemplo, uma comunidade em que foram observadas nove espécies numa amostra d e 23 indivíduos com uma segunda onde foram observadas seis espécies numa amostra de 13 indivíduos? Para lidar com este problema uma solução proposta é a técnica de Rarefação, que consiste em calcular o número esperado de espécies em cada amostra para um tamanho de amostra padrão. O número esperado de espécies é obtido pela equação:
E(S) =\sum_{i=1}^{S}\left [{1- \frac{\binom{N-Ni}{n}}{\binom{N}{n}}} \right ]
Onde E(S) é o número esperado de espécies em uma amostragem aleatória, S é o número total de espécies registradas, N é o número total de indivíduos registrados, Ni é o número de indivíduos da espécie i, e n é o tamanho padronizado da amostra escolhido.
O termo \binom{N}{n} é calculado como: \frac{N!}{n!(N-n)!}
A rarefação deve ser usada apenas para amostras obtidas com métodos padronizados, e em habitats iguais ou similares. Outra restrição é que as curvas não podem ser extrapoladas para além do número de indivíduos (N) na maior amostra BARROS (2007).